São Pacômio
290-346
Pacômio nasceu no Egito,
em 290, na Tebaida. Filho de pais pagãos, cheios de superstições e idolatrias,
desde a infância mostrou grande aversão a tudo isso. Aos vinte anos de idade
foi convocado para o exército imperial e acabou ficando prisioneiro em Tebes.
Foi quando fez o seu primeiro contato com os cristãos, cuja religião até então
lhe era desconhecida.
À noite, na prisão, recebeu um pouco de alimento
de alguns cristãos, que, escondidos, conseguiram entrar. Comovido com esse
gesto de pessoas desconhecidas, perguntou quem havia mandado que fizessem
aquilo e eles responderam: "Deus que está no céu". Nessa noite,
Pacômio rezou com eles para esse Deus, sentindo já nas primeiras palavras
ouvidas que esta seria a sua doutrina. O Evangelho o tocou de tal forma que ele
se converteu ao cristianimos em 313 e voltou para o Egito, onde recebeu o
batismo.
Depois, compartilhou durante sete anos a companhia
de um ancião eremita de nome Palemon, que vivia dedicado à oração. A princípio,
o ancião não quis aceitá-lo a seu lado, porque sabia que a vida de solidão e
orações não era nada fácil. Mas Pacômio estava determinado e convenceu-o de que
deveria ficar.
Um dia, durante suas caminhadas, Pacômio ouviu uma
voz que lhe dizia para inaugurar ali, exatamente naquele lugar, um mosteiro
onde receberia e acolheria muitos religiosos. Depois, apareceu-lhe um anjo que
o ensinou como deveria organizar o mosteiro.
Pacômio pôs-se a trabalhar arduamente e o deixou
pronto. As profecias que ele ouviu se concretizaram e muitas pessoas se
juntaram a ele. Monges, eremitas e religiosos de todos os lugares pediram
admissão no mosteiro de Pacômio, que obteve a aprovação do bispo Atanásio,
santo e doutor da Igreja. Até seu irmão João, que distribuiu toda a sua riqueza
entre os pobres, uniu-se a ele.
Com Pacômio nasceu a vida monástica, ou
cenobítica, no Egito, não mais com um chefe carismático que agregava ermitãos
reunidos em pequenos grupos em torno de si, mas uma comunidade de religiosos,
com regras precisas de vida em comum na oração, contemplação e trabalho, a
exemplo dos primeiros apóstolos de Jesus.
Pacômio ainda abriu mais oito mosteiros masculinos
e um feminino. Sua fama de santidade espalhou-se pelo Egito e pela Ásia Menor.
Foi agraciado por Deus com o dom da profecia e morreu no ano de 346, vítima de
uma peste que assolava o Egito na época. Até o século XII, havia, ainda, cerca
de quinhentos monges da Ordem de São Pacômio.
São Pacômio, o eremita, até hoje é considerado um
dos representantes de Deus que mais prestaram serviço à Igreja católica. Sua
festa litúrgica ocorre no dia 14 de maio.
FONTE: Paulinas em 2014
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