Beata Imelda Lambertini
Patrona das Primeiras Comunhões
Comemoração litúrgica: 12 de maio.
Também nesta data: Santos: Aquiles, Nereu e Pancrácio; São Leopoldo
Imelda
Lambertini nasceu na cidade de Bolonha, Itália, no ano de 1322, num
ambiente de muita fé e piedade. Desde tenra idade, assimilou com especial
afeição a primorosa educação recebida. Seu amor a Deus, sua conduta incomum no
dia a dia chamava muito a atenção dos pais. Era de fato, uma menina muito
especial. Os jogos infantis não lhe agradavam como a oração. Costumava
esconder-se nos locais mas ocultos da casa para aplicar-se a ela. Sua
mãe, sempre a encontrava ajoelhada e rezando, quando sentia falta da
filha em casa.
Ao completar 9 anos de
idade a menina pede insistentemente para ingressar no Convento das
Irmãs dominicanas, porém, a Madre superiora de todas as formas
tentou persuadi-la a esperar, pois que a idade
ainda não permitia que fosse admitida entre as irmãs do convento.
Como a
insitência de Imelda tornou-se constante, a Madre, que conhecia seus
pais, indagou se não estava feliz por ter pais maravilhosos e boas condições de
vida em casa, tendo ela prontamente respondido que estava
sim, muito feliz, que amava sua família, mas que as irmãs
tinham algo a mais que lhe atraía muito: "Nosso
Senhor". Era a devoção à Santíssima Eucaristia que
verdadeiramente lhe encantava e lhe enchia a alma de amor e
devoção. Finalmente, a Madre chamou seus pais e lhes pediu permissão para
que Imelda fosse admitida, pelo menos à título de experiência, já que o
desejo ardente de ingressar no convento era já notório também para seus pais. Apesar de entristecidos,
percebiam que Deus reservara algo de extraordinário para a pequena filha.
Por isso, acabaram aceitando a proposta da Reverenda e consagraram-na a
Deus.
Consumado
seu ingresso, tudo lhe era motivo de encanto, os momentos de
oração, o hábito das Irmãs, o silêncio. Era muito amada por elas
que tentavam privá-la dos serviços e da rigidez da regra, mas nada
adiantava, pois queria acompanhar as irmãs em tudo, participando
plenamente e auxiliando nos trabalhos monásticos no convento. A Madre pedia que não a acordassem durante as orações noturnas, mas
Imelda levantava-se no meio da noite e
percorria os grandes salões do convento, caminhando e rezando silenciosamente
as matinas.
A visita
ao Tabernáculo fazia sua alma transbordar de alegria. Só a pronúncia de
qualquer assunto relacionado a Eucaristia, fazia com que seu rosto se
transfigurasse instantaneamente. Ela desejava ardentemente receber a
Santa Comunhão. Nessa época, as crianças não podiam receber a Primeira
Comunhão com idade inferior a 12 anos. Tal qual sua insistência para
ingressar no convento, Imelda pede a graça de receber Jesus, mesmo que
não tivesse completado a idade. Pedia isso com fervor tão intenso,
que as irmãs comoviam-se pelo desejo que a pequenina nutria em receber o
Senhor na Eucaristia. Mas isto ainda não lhe era possível, conforme as normas
da Igreja.
Assim,
aceitou com resignação os argumentos das Irmãs. Porém, à medida que o tempo
passava, crescia mais e mais nela o desejo de receber Jesus Sacramentado. No
ano de 1333, tinha ela completado 11 anos de idade quando, depois
da Santa Missa, a última freira que saiu da capela observou que a pequena
Imelda, como de costume, lá permaneceu sozinha rezando mais um pouco.
Só que desta vez, a freira percebeu algo extraordinário: uma Hóstia flutuava
acima dela e lhe projetava uma luz branca. Rapidamente esta irmã chamou as
outras monjas e todas prostraram-se diante deste milagre. A
Madre, constatando que tratava-se de manifestação real de Deus para
que a menina recebesse a Primeira Comunhão, chamou o pároco. Ao
chegar com a patena de ouro nas mãos, o padre admirado, dirigiu-se até à
Hóstia. Assim que aproximou-se da menina ajoelhada, a Hóstia pousou
sobre a patena!. Assim foi-lhe administrada a Primeira Comunhão. Em
seguida, vagarosamente Imelda baixou a cabeça em oração.
Imelda
permaneceu assim, diante das irmãs por um tempo demasiadamente longo.
Isto fez com que a Madre fosse até ela, que a nada respondia.
Tentando levantá-la cuidadosamente pelos ombros, a menina caiu em
seus braços, trazendo no rosto uma expressão delicada, de
inexplicável alegria. Havia partido para o Céu naquele sublime
momento. A alegria de receber Nosso Senhor foi demais para o pequeno
coração que ardia pela presença real de Cristo na Eucaristia. Certa vez,
Imelda já havia dito às Irmãs: "Eu não sei porque as pessoas que recebem
Nosso Senhor não morrem de alegria".
A pequena
Imelda Lambertini foi beatificada em 1826 pelo Papa Leão XII, e foi proclamada
Patrona das Primeiras Comunhões em 1910 pelo
Papa São Pio X. Foi neste ano que foi declarado que as crianças menores
de 12 anos poderiam receber a Primeira Comunhão.
Até hoje,
seu pequeno corpo se encontra intacto, depois de mais de 670 anos, numa redoma
de cristal, na Igreja de São Sigismondo, em Bolonha.
Reflexões:A meditação da história da pequena Imelda, traduz o pleno conhecimento, o cristalino panorama que uma menina de apenas 11 anos tinha sobre as verdades divinas. Visão tão clara que Imelda não entendia como as pessoas não morriam ao receber Jesus na Eucaristia. São Tomás de Aquino, a respeito desse amor eucarístico, certa vez declarou:
"O Martírio não é nada em comparação com a Santa Missa. Pelo martírio, o homem oferece a Deus a sua vida; na Santa Missa, porém, Deus dá o seu Corpo e o seu Sangue em sacrifício para os homens. Se o homem reconhecesse devidamente esse mistério, morreria de amor".
Amolece, Senhor, o nosso coração petrificado. Aclara, Senhor, nossa visão, obscurecida pelas ilusões mundanas. Abre nossa mente, Senhor, para que possamos compreender a sublimidade da Eucaristia. Tende piedade de nós, Senhor, pela nossa indiferença na fila da Comunhão. Aproxima-nos, Senhor, do sacramento da Penitência, para que possamos Te receber com a casa limpa, livre das imundícies que todos os dias deixamos agregar à alma.
Não permitais, jamais, Senhor, que Te recebamos indignamente. Piedade, Senhor, piedade de nós e da humanidade inteira. Te adoramos na Eucaristia e imploramos, por intercessão de Maria, que o Pão do Céu seja para nós SEMPRE: alimento espiritual, remédio para a alma, força na luta contra o mal, consolo nas tribulações e proteção constante na caminhada terrena. Amém!
FONTE: página oriente em 2014
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